História da Fotografia

domingo, 26 de setembro de 2010


            Até hoje muitos pensam que a fotografia foi algo criado pelo francês Louis Mande Daguerre, no ano de 1839, na França, mas na verdade não é bem assim, livros contam que foram três autores a conseguir essa façanha, são eles: Willian Henry Talbot da Inglaterra, Nicephore Niepce e Louis Mande Daguerre da França, que na verdade era sócio de Niepce. Durante muito tempo Daguerre foi reverenciado por alguns escritores como “o cara” que inventou a fotografia.
            A história conta que em 1835, Daguerre estava fazendo pesquisas em seu laboratório, e manipulou uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata, que na verdade não apresentou nem um vestígio de imagem. No próximo dia, misteriosamente a chapa continha formas difusas. Foi então que se criou uma lenda: provavelmente o vapor de mercúrio de um termômetro quebrado teria criado o misterioso agente revelador.
            Na verdade Daguerre não era apenas um competente pesquisador, ele também era um hábil comerciante. Dizem que na verdade ele usou a descoberta como jogada de marketing. Deguerre já vinha trabalhando nessa idéia há muito tempo, acompanhando de perto seu sócio Niepce, nas pesquisas da heliografia (gravação através da luz).
            Ao contrario de Daguerre, Niepce não falava muito, estava sempre concentrado em seus projetos. Ambos costumavam trabalhar em invenções como aparelhos técnicos e também na idéia de produzir imagens por processo mecânico através da ação da luz. O processo da produção de imagens começou com a litografia, no ano de 1813, por Daguerre, segundo a história, talentoso pintor e desenhista de cenários.
            Em 1816, Niepce deu início aos estudos com a heliografia, ma só dez anos depois, conseguiu a primeira imagem inalterável. Era uma vista da janela do sótão de sua casa. O resultado, porém, não foi o desejado. Foi utilizado verniz de asfalto sobre vidro e uma mistura de óleos fixadores, formando então um processo não muito prático para se popularizar.
            Daí os méritos inegáveis de Daguerre. Sem grandes dificuldades seus experimentos podiam ser repetidos por qualquer pessoa e o resultado era melhor. O primeiro daguerreótipo foi obtido dois anos depois da morte de Niepce, mas se não fossem suas descobertas, talvez nada tivesse acontecido.
            Assim como permitia descortinar o inacessível, a fotografia avançava na revelação do invisível. Em 1870, Eadwerd Muybrridge deu inicio ao experimento que condizia a fotografar as etapas do galope de um cavalo, tendo como ajuda doze câmaras (mais tarde ele vira a usar 36 câmaras sincronizadas). Eadweard queria comprovar que o animal levantava realmente as quatro patas do solo simultaneamente, contrariando os modelos clássicos de repetição do galope na pintura.
            Esta seqüência marcaria o inicio da cromo fotografia, aperfeiçoada pelo francês Etienne Jules Marey, que inventou o fuzil fotográfico em 1882.
            A fotografia teria então dois blocos básicos, que seriam: o realista e o criativo. Alguns autores queriam que a fotografia fosse apenas vista como um documento, outros lutavam para vê-la como uma obra de arte, tão respeitada quanto à pintura.
            Muitos se equivocaram, tentando igualá-la a própria pintura, achando que a boa fotografia era aquela que não se parece em nada com uma fotografia, que deveria ser como um desenho ou uma gravura.
            Em 1854 o daguerreótipo caiu em desuso, quando o inglês Frederic Scott Ancher inventou a placa de vidro recoberta por uma película transparente de colódio com iodeto banhado com nitrato de prata. Já nos meados de 1864 B.J. Sayce e W.B. Bolton descobriram um novo preparo de uma emulsão de brometo de prata em colódio, representando um grande avanço nas pesquisas. Na mesma década, C. Russell produziu as placas secas de brometo de prata.
            Foi impressionante a evolução tecnológica das câmaras fotográficas. Desde o primeiro daguerreótipo onde as chapas eram batidas e reveladas dentro da máquina, até chegar aos dias de hoje, com as câmaras digitais.
            Depois do daguerreótipo surgiram as câmaras de Bertsch (1860) a Express Detective, uma câmara de reportagem usada por Felix Tourmachou Nadar.
            Em 1890, segundo a história, foi Nadar quem fez as primeiras fotos aéreas, duas décadas antes (1870) Louis Ducos de Hauron inventou o melanocromoscópio e deu inicio a fotografia a cores.  Os irmãos August e Louis Lumiere, inventores do cinematógrafo de 1895, foram também os criadores da placa auto-cromo em 1903. Foi então que começou a surgir o primeiro processo comercial da foto a cores. Em 1914 a Eastman Kodak fabricou o primeiro filme pancromático. A evolução das câmaras fotográficas não parou por aí e logo o alemão Hans Hass inventou uma máquina estanque e inaugurou a fotografia submarina.
            Em 1930 a barreira da transmissão foi vencida com a invenção dos belinógrafos portáteis, que permitia o envio da radiofoto. Na mesma década a ciência passou a utilizar a fotografia em suas pesquisas, quando também o físico norte-americano Robert Willians Wood inventou a luz negra, ou simplesmente luz de wood.
            Desde que a fotografia foi inventada, ela tornou-se a responsável pelas memórias de vários fatos e acontecimentos históricos como documentação, imagens importante para a humanidade ou simplesmente para guardar momentos felizes de família.
            O caminho percorrido foi longo desde a foto preto e branca da natureza morta, “mesa posta” de 1822 tirada por Nadar, até as fotos coloridas dos sapatos de J.R. Duran. Enquanto a foto de Nadar foi obtida em positivos e teve que esperar mais de oito horas para ser revelada em uma solução de betume da Judéia com óleo animal sobre uma base de vidro, a foto de J.R. Duran não demorou muito tempo, em poucos minutos a foto foi revelada, graças ao sistema de Polaroid que foi criado em 1948.
            Nos dias de hoje a história já é outra, temos micro câmaras que revelam segredos do interior do corpo humano e satélites que obtém imagens do espaço e dos vários planetas, tentando revelar assim seus segredos.

Texto de Maria Patrícia Garcia Ambos

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